Publicações
A atividade “literária” de Amílcar Cabral pode ser dividida em três segmentos principais:
- Estudos e pesquisas agrícolas e climatéricas
- Escritos revolucionários (teorias, discursos políticos, etc.)
- Poemas
A estes junta-se a sua correspondência privada (à mulher) e política.
- Amílcar Cabral, Unidade e Luta 1 – Arma da Teoria4, 1ª edição de 1977; 2ª edição de 2013, pela FAC editora;
- Amílcar Cabral, Unidade e Luta 2 – A Prática Revolucionária, 1ª edição de 1977; 2ª edição de 2013, pela FAC editora;
- Amílcar Cabral, Pensar para Melhor Agir, 2014, Ed. FAC;
- Amílcar Cabral, Cabo Verde: Reflexões e Mensagens, 2015, Ed. FAC;
- O Hino “Esta é a nossa Pátria Amada”, escrito em 1963, que vigora na Guiné-Bissau, e que vigorou em Cabo Verde, de 1975-1990.
- A Emergência da Poesia em Amílcar Cabral que contou com a organização de Osvaldo Osório, edição da Fundação Amílcar Cabral, sendo a 1ª edição de 1984 e a 2ª de 2017.
- Amílcar Cabral – Cartas a Maria Helena (2016), que contou com a organização da filha Iva Cabral e da editora Rosa de Porcelana.
- Itinerários de Amílcar Cabral, Organização de Ana Maria Cabral, Filinto Elísio, Márcio Souto, editora Rosa de Porcelana, 2018.
- A Luta Criou Raízes, edição da Fundação Amílcar Cabral, (2018).
- Trabalhos científicos, no domínio da agronomia, reunidos no livro Estudos Agrários de Amílcar Cabral, edição do Instituto de Investigação Científica Tropical de Lisboa e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau, 1988.
- Em 1952, publica o “Recenseamento Agrícola da Guiné-Bissau”, resultado de um extenso trabalho de campo que lhe permitiu conhecer e contactar as populações em todo o território.
- Amilcar Cabral, Essai de biographie politique, Mário Pinto de Andrade, François Maspero, 1980
- Quem mandou matar Amílcar Cabral?, José Pedro Castanheira, Relógio d’Água, 1995
- Amílcar Cabral, sou um simples africano, Fundação Mário Soares, 2000
- Amílcar Cabral (1924-1973) – Vida e morte de um revolucionário africano, Julião Soares Sousa, Nova Vega, 2011
- Amílcar Cabral – Para além do seu tempo, Oscar Oramas, Edições UNI CV, 2014
- Memórias e Discursos, Luís Cabral, Fundação Amílcar Cabral, 2014
- Relembrar a Operação “Mar Verde”, Bessa Pacheco, Revista da Armada, 501, novembro 2015
- Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena – A outra face do homem, Iva Cabral, Márcia Santos e Filinto Elíseo, Rosa de Porcelana, 2016
- Itinerários de Amílcar Cabral, Ana Maria Cabral, Filinto Elíseo e Márcia Santos, Rosa de Porcelana, 2018
- Guerra Colonial, Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, Porto Editora, 2020
- Operação Mar Verde – um documento para a História, António Luís Marinho, Temas e Debates, 2021 (2.ª ed.)
- Ataque a Conakry – História de um golpe falhado, José Matos e Mário Matos e Lemos, Fronteira do Caos, 2021
- Os números na primeira fase da guerra de África (1961-1965), Pedro Marquês de Sousa, Revista Portuguesa de História Militar, n.º 1, Dezembro 2021
- Comandante Pedro Pires – Memórias da luta anti-colonial em Guiné-Bissau e da construção da República de Cabo Verde, Entrevista a Celso Castro, Thais Blank e Diana Sichel, FGV Editora, 2021
- Os militares portugueses e a descolonização em Cabo Verde, Sandra Cunha Pires, Edições Colibri/Associação 25 de Abril, 2022
- Die Theorie als Waffe, Berlim: Oberbaumpresse, 1968
- Revolution in Guinea: an African People’s Struggle: Selected Texts by Amílcar Cabral, London: Stage 1, 1969
- The Struggle in Guinea, – Africa Research Group, Cambridge, Massachusetts, 1969
- Le Pouvoir des Armes, Cahiers Libres, Paris: Fançois Maspéro, 1970
- GUERRIGLIA: Il Potere Delle Armi – Partisan Edizioni, 1971
- Our People Are Our Mountains – Amilcar Cabrl on ther Guinean Revolution – Committee for Freedom in Mozambique, Angola & Guiné – London, January 1972
- Return to the Source: Selected Speeches, London: Monthly Review Press, 1973
- Guiné-Bissau: nação africana forjada na luta, Lisboa: Nova Aurora, 1974
- Die Revolution der Verdammten, Berlim: Rotbuch Verlag, 1974
- La réalité de notre pays, Paris: Société d’éditions Afrique, Asie, Amérique latine, 1974
- Die Revolution der Verdammten: der Befreiungskampf in Guinea-Bissao, Berlin: Rotbuch Verlag, 1974
- Textos políticos, Lisboa: Maria da Fonte, 1974
- Análise de alguns tipos de resistência, Lisboa: Seara Nova, 1974
- Alguns príncipios do partido, Lisboa: Seara Nova, 1974
- PAIGC: unidade e luta, Lisboa: Nova Aurora, 1974
- Gine’de DevrimBir Afrika Halkının Kurtuluş Mücadelesi (Révolution en Guinée- Une lute de liberation du people africain), Ankara: Kitap Yurdu, 1974
- Unité et lutte, Paris: François Maspero, 1975, 2 vol. (“L’arme de la théorie” et “La pratique révolutionaire
- Textos políticos de Amílcar Cabral, Coimbra: Ministério da Educação e Investigação Científica, 1976
- Unidade e luta: I – A arma da teoria; II – A práticas revolucionária, Lisboa: Seara Nova, 1976-1977
- Análise de alguns tipos de resistência, Imprensa Nacional, Bolama, 1979
- Unity and Struggle, Portsmouth: Heinemann, 1980
- Unité et lutte, Paris: François Maspero, 1980
- Cultura y liberacíon nacional, Mexico: Escuela Nacional de Antropologia y Historia, 1981
- Emergência da poesia em Amílcar Cabral: 30 poemas, Oswaldo Osório (ed.), Praia: Grafedito, 1983
- Estudos agrários de Amílcar Cabral, Lisboa: IICT-Instituto de Investigação Científica Tropical / Bissau: INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, 1988
- Unity and Struggle: Speeches and Writings, London: Monthly Review Press, 1989
- Nacionalismo e cultura, Santiago de Compostela: Laiovento, 1999
- Unity and Struggle: Speeches and Writings, London: Unisa Press, 2004
- Amílcar Cabral – Documentário, Apresentação de António E. Duarte Silva, Edições Cotovia, Lisboa, 2008
- Unidade e luta I – A arma da teoria; II – A prática revolucionária, Praia: Fundação Amílcar Cabral, 2013
- Amílcar Cabral: recueil de textes introduit par Carlos Lopes, Genève: CETIM-Association Centre Europe-Tiers Monde, 2013
- Pensar para melhor agir (intervenções no seminário de quadros, Conacri, 1969), Praia: Fundação Amílcar Cabral, 2014
- Cabo Verde: reflexões e mensagens, Praia: Fundação Amílcar Cabral, 2015
- Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do homem, Lisboa: Rosa de Porcelana, 2016
- Resistance and Decolonization, Londres: Rowman and Littelfield International, 2016
- A luta criou raízes (intervenções, entrevistas, reflexões, artigos – 1964-1973), Praia: Fundação Amílcar Cabral, 2018
- Itinerários de Amílcar Cabral – Rosa de Porcelana, Praia, 2018
- Rosa negra, venti poesie per un mondo migliore, Roma: Fefè Editore, 2018
- Per una rivoluzione africana. Il ruolo della cultura nella lotta per l’indipendenza; Ombre Corte, Maggio 2019
- Ne Faites pas Croire à des Victoires Faciles, Paris: Editions Premiers Matins de Novembre, 2021
- Tell No Lies, Claim No Easy Victories; Inkani Books, Oct. 2022
A luta de libertação da Guiné-Bissau e a figura de Amílcar Cabral atraíram numerosos jornalistas, fotógrafos e cineastas às regiões libertadas. Aí se somava o conhecimento de uma luta difícil e prolongada contra um inimigo muito mais poderoso e a noção evidente de que se estava a forjar ali uma nova consciência e um novo país.
Cabral sempre entendeu a importância desses testemunhos e dessas imagens para a construção daquela luta, que era, antes do mais, um ato de cultura e de afirmação de um povo.
Muitos desses filmes não estão, infelizmente, nos habituais circuitos comerciais mas, ainda assim, fornecemos aqui uma lista dos que reconhecemos e, gradualmente, iremos disponibilizar informação complementar.
- Lala quema, Mario Marret, 1964
- A nossa terra, Mario Marret, 1965
- Labanta Negro!, de Piero Nelli, 1966
- Madina de Boé, de José Massip, 1968
- A Group of Terrorists Attacked, de John Sheppard, 1968
- No Pintcha!, de Tobias Engel, Ren Lefort e Gilbert Igel, 1970
- Free people in Guiné-Bissau, de Spee, Rudi e Axel Lohman, 1971
- O Nascimento de uma Nação, de Lennart Malmer e Ingela Romare, 1973
- Republica en Armas, de Jorge Fuentes, 1973
- Navigating the Pilot School, Sónia Vaz Borges e Filipa César, 2016: “Frequentemente subestimadas enquanto tal, as guerras de libertação anti-coloniais foram também empreitadas de educação a grande escala. Considere-se as estratégias educativas seguidas pelo agrónomo Amílcar Cabral e o PAIGC. Entre elas, a Escola Piloto para “formar os melhores estudantes das nossas escolas nas zonas libertadas e [serem] integrados no nosso sistema educativo para as zonas libertadas”
- Mangrove school, de Sónia Vaz Borges e Filipa César, 2022: “Voltámos à Guiné-Bissau para investigar as condições dos estudantes nas escolas da guerrilha nos mangues. Em vez disso, rapidamente nos tornamos nós próprios os alunos e a primeira lição era como andar. Se se caminhar direito, colocando primeiro o calcanhar no chão, imediatamente se escorrega e cai nas represas dos campos de arroz alagados ou se fica preso na lama dos mangues. É preciso baixar o corpo, flectir os joelhos, enfiar os dedos verticalmente na lama e estender os braços para diante num movimento consciente e presente. Na escola do mangue, é o corpo todo que aprende.”
Em 1967, Amílcar Cabral escolheu quatro jovens guineenses (José Cobumba Bolama, Josefina Crato, Sana na N’Hada e Flora Gomes) para estudarem cinema no ICAIC (Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos)
Ao visitá-los em Havana, Amílcar Cabral foi claro no seu desejo de que filmassem a proclamação do Estado. “Era uma coisa que tinha de ser feita por guineenses, embora estando lá alguns estrangeiros. Isso para nós era um orgulho, sermos nós, guineenses, a filmar um acontecimento único na História de um Povo.”
Nos links abaixo pode encontrar videos sobre e para Cabral.
Aqui encontra-se músicas dedicados a Cabral.